quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Valsa Vienense

Lembranças de sonhos ouvidos, executados numa belíssima canção
O Danúbio Azul uma canção que nos faz viajar... ao Castelo de Sissi

A mulher que dominou a Áustria, que era a mais bela entre as belas... A Imperatriz foi assassinada com uma estiletada no coração, proferida por um anarquista italiano... Ele não queria matar a Imperatriz e sim o Príncipe de Orleans... Só que esse não foi aonde deveria ter ido naquela tarde de 10 de setembro de 1898... E Luigi Lucheni acabou por assassiná-la. Ele queria chamar a atenção e entendia que, para tanto, era necessário assassinar uma figura importante... Conseguiu.

O Castelo é enorme, com suas salas temáticas e sua vigilância constante. Não se pode fotografar, mas é o tipo de cena que permanecerá em nossas mentes por muito tempo. Visitar o Castelo nos faz entender um pouco da história oficial. Faz-nos compreender por que uma mulher tão poderosa, tão admirada e amada, sofria de depressão... Ela era mãe, e se ressentia da sina de seus filhos... Talvez, da sua própria escolha.

Caminhar por Viena, comer um “reiskuchen” na rua, o frio do inverno austríaco sobre nós... Ou então, para fugir do frio, entrar num restaurante local, pedir um prato, com todas as dificuldades do idioma desconhecido, mas sentir-se acolhidas, bem recebidas... E é o empenho da garçonete em nos entender que nós dá essa sensação, mas é também o que se passa a nossa volta: numa mesa um grupo de amigos jogam cartas animadamente...noutra, um casal parece acertar seus passos... Noutras, mais pessoas com as sua realidades. Tudo parece tão familiar.

Andar as margens do Danúbio... Ir a uma praça qualquer e encontrar as famílias patinando no gelo... Conhecer a casa de Freud... Uma surpresa! Uma certeza desfeita: o consultório do doutor era quase um museu arqueológico! Quantos objetos naquele consultório...

Conhecer um pouco de Viena foi muito agradável. Compreender alguns fatos da história, da geografia, da cultura foi ainda mais saboroso. Ah, só assim para entender a música vienense! Ouví-la e nela viajar... E, viajando, desconstruir uma verdade: “se o desafio é muito grande, o sujeito desiste”.

Que me perdoe o pedagogo que afirmou isso: eu acredito que quanto maior for desafio, se houver empenho e vontade do sujeito, tanto maior será a satisfação em superá-lo.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Anos luz!...


Dormir sem boa noite...
Acordar sem bom dia!

Vontade de ouvir sua voz,
Medo de ouvir suas palavras...

Tantas ilusões,
Tantos esforços
Tantas decepções...

E meu orgulho próprio nem mais ferido está!
Está mesmo é aniquilado

Gosto de você, Porém já não sei se quero estar com você.
Aos poucos, estou perdendo a vontade de lhe procurar
Embora eu gostaria que você me procurasse...

No fundo, eu gostaria de sentir seu amor,
Se é real ou se é mais uma ilusão...
Eu não sei,
O que eu sei é que o meu coração está despeçado!

Eu tenho medo, muito medo
Estou triste e me percebo deprimindo...
Embora a tristeza não seja a melhor conselheira
O conselho que ela me dá é pra ser feliz!

E eu temo que a minha felicidade esteja a anos luz de você.

Telefone...


Um conversa ao telefone... Algo que seria muito tranqüilo,
Eu digo que tenho saudades, que quero lhe ver...
Peço para ouvir o mesmo... Mas que nada!
O que eu ouço é uma série de queixas...
Quando você toma o todo por uma parte,
E categoricamente afirma: toda vez que nos encontramos você reclama!
Eu me irrito, e digo – mais tarde decidimos se nos veremos.

Eu me pergunto:
Por que eu quero lhe ver? Se é tão penoso, tão sofrido...
Pra você, para mim...
Eu não sou a única responsável por isso.
Tomemos cada qual a sua parte e lidemos com ela...
Quer saber, deixe-mos pra lá.
Fiquemos um tempo sem nos encontrar,
Sem nos falar...
E que o tempo faça a sua obra.
Talvez, a gente se reencontre, talvez....

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Via Romana... Barcelona





Um dos primeiros lugares que eu conheci em Barcelona, foi a Via Romana, um pedaço dos caminhos que davam acesso ao então povoado murado.... Numa escavação, para construção de novos prédios, encontraram as tumbas....
Fica próxima a Academia de Catalão, e é bem interessante observar o movimento no entorno...
Atualmente, essa parte integra a cidade de Barcelona, porém não é tratada como um monumento turístico importante...Do outro lado, ainda de fora das muralhas, formou-se o bairro conhecido com Raval, que até hoje reúne a "escória" da cidade: prostistutas, traficantes, transexuais, comerciantes coreanos.... Em outro extremo, Barceloneta... uma espécie de favela, formada a partir do então porto de Barcelona, inclusive com a mais bela igreja de São Miguel Arcanjo, e que foi urbanizada para as Olimpiadas...

Deti-me alí por alguns momentos, umas horas, talvez.... Enquanto eu observava o movimento, todas aquelas pessoas, falando todos os idiomas que a gente já ouviu falar, e que passavam por alí, sem se dar conta que naquele lugar, exatamente sob os nossos pés, repousam pessoas que viveram sabe-se lá quando... Talvez, no primeiro ano D.C..
.
Fiz questão de entrar na tal Academia de Catalão - prédio solene, sóbrio... com um bocado de gente joagando xadrez e tomando xerez...
A indiferença, o desrespeito... Os olhares perdidos... A velocidade com que se passa por alí, em direção a Academia....Eu comecei a pensar na tal da existência humana!
Fato é que, naquele época, uma pessoa que vivesse 30 anos já seria cosiderada idosa, povavelmente, sábia.... Porém, dois mil anos depois, não eram nada, senão achados arqueológicos...
A vida se mostrava ali com toda a sua finitude. Quem seriam aqueles que foram enterrados no caminho, fora das muralhas... De certo, não seriam nobres, pois se pudessem pagar, seus corpos estariam na nave de alguma igreja...
Porém, será que seriam sábios? Dificilmente, pois se assim fossem, seus corpos estariam em algum lugar mais solene...
Será que nas suas existências não teriam sido importantes? Será que defenderam seus ideais ou lutaram cotidianamente pela sobrevivência de seus amados?
Que diferença faz isso agora.... Nenhuma.
O que eu conclui, e talvez não seja a mais acertada das conclusões, é que devemos viver o hoje, sem nos importamos muito com o amanhã, ou com o reconhecimento que alguém possa ter sobre a nossa labuta.
Importa defendermos nossas ideias, viver as nossas vidas, sem nos importamos muito com a opinião alheia.
Por que, no fundo, não faz a menor diferença o que pensam ou falam de nós, importa mesmo é o que fazemos com isso.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Livre

As vezes, eu penso...

Eu penso em parar...para depois andar...

Penso no mar, que a noite é calmo, para de dia se rebelar...

Penso nas aves, que param para depois voar...

Penso nas palavras, que pensamos para depois falar...

Penso no amor... que para amar é necessário ser.

Penso no que sou: Livre
Porém triste...

E no entanto...continuarei livre
Pelo menos por enquanto....
Ou enquanto dure esse meu pranto.
Eu acredito que liberdade é isso,
escolher entre as muitas possibilidades
e assumir a escolha!
Com seus ônus e bônus.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Futuro... destino...


Os dias passam calmamente, as horas se seguem com lentidão.
As percepções vão se fortalecendo.
Eu brigo comigo mesma! Eu quero domar os meus sentimentos, mas alguma coisa me impele, e eu sei o que é: é amor!
Eu fico com um samba velho na cabeça, cantarolando-o “ eu não quero mais amar essa mulher, essa machucou meu coração.... desvalorizou o lar que é meu violão, por isso, eu não quero não!...”
Então, o que me resta? O que me restará?
Eu sei que as respostas e as decisões estão comigo e com mais ninguém, eu sei que sou eu quem traça o meu futuro, que é diferente de destino. Eu sei. Porém, eu sei também que o coração, que os sentimentos são autônomos, que eles tem seu fluxo próprio.. .
Eu sei que não sou capaz, assim como ninguém é, de decidir quem eu amarei, de decidir de quem eu sentirei falta ou saudade. Não há imposição social que me obrigue a sentimentos reais e verdadeiros. Eu sei.
E eu sei também que toda decisão implica em ônus e bônus. Eu sei que a saudade pesa e quero tempo ameniza as dores. Eu sei.
Eu sei que escrevo nesse blog a espera dos comentários dos amigos queridos, que me dão força e norte. Eu sei que me exponho e que isso me fortalece, e sei que algumas pessoas hão de dizer que eu não deveria me expor assim, porém, eu entendo que essa exposição pode ser útil a alguém. Alguém pode ler essas linhas mal traçadas e encontrar nelas seu norte, ou muito pelo contrário, podem avaliar e dizer: “eu não quero isso pra mim!” Eu não quero que um amor seja tão forte assim. E sei que muitas outras pessoas, milhares delas, jamais leram essas linhas.
E tenho que confessar, isso faz toda a diferença. Se eu tivesse voltado a escrever quando essas coisas e situações se apresentaram, eu não estaria nessa situação caótica. Mas, naqueles tempos, eu acreditei que o silêncio seria mais útil, que eu sabia o que fazer, como me conduzir.
Já sei que não sei!
Amanhã, quem sabe, eu volte a filosofar sobre questões maiores, ou eu volte a escrever poesia... Não sei. E nem me importa saber.
O que me importa agora, verdadeiramente, é escrever. Que os críticos façam seu trabalho e que o tempo acalme meu coração.

Foto do Rio Camanducaia. Poema de....não sei!


Depois de sua chegada
Comecei a desmantelar nas emendas
Todos os sonhos da minha vida
Estavam se tornando vazios e sem sentidos...

Parecia que a chuva
Estava transformando as minhas esperanças em areia...
E é tão óbvio que eu estou indo em direção ao nada.

O amor é uma emoção estranha
Pois quando quero que você fique
Parece que estou mudando
E eu vou embora...

Sou um ser dentro de uma armadura
De escuridão e de tristezas
Que apenas viu a luz
Que lançou a sombra
Que você perpetuou
Até o retorno do passado
Quando alguém me devolveu o significado da vida.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Missão cumprida!


Bom dia.
A sensação de alívio, sensação de missão cumprida... O corpo pede repouso, a mente pede pausa... Os pensamentos começam a se reorganizar, ficando num estado de quase flanação...
Novas idéias surgem, a percepção é de vida nova, nova etapa, nova fase. A conversa flue, os argumentos se colocam com tranqüilidade... A boca esboça um sorriso, logo vem o riso e a gargalhada se apresenta.
UFA!!!! A tensão sumiu, como num passe de mágica!
Conversamos, planejamos uma nova empreitada... Brincamos com um futuro... Tranquilo, alegre bom... A sensação que invade é mesmo de felicidade.

De repente, um novo colorido. A vontade do toque, do contato físico se apresenta... mas a serenidade do momento suplanta o desejo. Como é bom rir com você, conversar, trocar...
Outras pessoas telefonam, não há crise, a vida serenou.
A noite, o amor intenso... Delicioso, mágico.
As marcas ainda não cicatrizaram, também, tudo é tão recente e foi tão duro, tão sofrido. Porém, o que se vislumbra é a possibilidade de estarmos bem.
Respiro aliviada, e, finalmente, reencontro a tranquilidade suficiente para retomar o rumo da minha vida.


Por um instante acredito que sob essa paixão tão intensa, existe de fato, um amor verdadeiro.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Um resumo histórico...Barcelona!


Essa história começou nos finais de 2.006... Pé pra lá, pé pra cá.
Em março de 2.007 percebemos que havia um algo a mais... Em 11 de abril, um beijo inesperado... intenso.

Daí, vivemos 50 dias intensos. Aconteceu um pouco de tudo. E a nossa relação se configurava, mostrava a que vinha, como seria... Mas nenhuma de nós deu muito importância a esse detalhe. Era a fase do novo, do inusitado. Acertos e desacertos.... Veio melodramática, sexo adorável.

Bem, daí, veio a segunda fase... Um oceano entre nós. Não só o Atlântico, mas o oceano das nossas existências. Colhíamos os frutos pessoais das nossas trajetórias. Dedicamo-nos a relação o quanto pudemos, entregamo-nos a força da paixão. Um intervalo no meio disso tudo, 18 dias de convivência – que foram pra lá de maravailhosos, com direito a flutuação e tudo! A dor da separação, a incerteza da volta... Somos tão intensas, tão cheias de vida e vigor, que a discussão foi inevitável. Cada uma reagiu como pôde, protegeu-se como pode. Tentamos fugir desse encontro, mas não conseguimos....

O amor falou mais alto, e , apesar de todas as inseguranças, brigas... ansiamos pelo reencontro. E ele aconteceu, e vivemos mais quarenta dias juntas – acordando todos os dias lado a lado. Não foram dias suaves, muito antes, foram dias entrecortados por angústias, ajustes, conversas, sofrimentos... Mas também, por alegrias intensas, passeios maravilhosos, risos leves... Então, em 04 de fevereiro de 2.007, firmamos o compromisso. Em seguida, a separação imposta pelas obrigações... Nova discussão, talvez a mais intensa de todas até hoje!

Depois disso, cem dias com o oceano entre nós. Revelações surpreendentes, esperança de reencontro... Tensão e stress por todos os lados... Mas o reencontro aconteceu e foi ótimo.

Em maio tem ínicio a terceira fase...Brincamos com a vida, brincamos com a maturidade... Mas somos intensas demais!
O prazer que eu sentia (e, confesso – ainda sinto!) em colaborar com você, com as suas coisas, é extraordinário. Porém, basta uma palavra mal colocada e o que se segue é uma discussão interminável! Em 07 de setembro, finalmente, rompemos o compromisso. Tudo acabado! De novo, tudo acabado!

Mas, qual o quê! O amor, ou a paixão, já nem sei mais ao certo, gritou, esbravejou e seguimos juntas. Rimos muitas vezes, passeamos, discutimos, crescemos!

Chegou janeiro, e com ele o esgotamento dos seus prazos. A tensão ampliada pelo Tempo, esse gigante indomável! Em 19 de janeiro, acabamos mesmo! Eu ouvi uma avaliação sobre mim que eu não esperava. Algumas avaliações doeram demais! Eu não seria capaz de conviver com você sabendo que é assim que você me enxerga... A tristeza pousou sobre mim... Mas, no dia seguinte, as reflexões das 24 horas... Uma proposta para não nos perdermos definitivamente. O meu coração balançou, e eu aceitei. E seguimos mais um pouco... Os prazos se esgotando... a pressão aumentando! Como foram difíceis esses últimos vinte dias.

Dia 08 de fevereiro, outra discussão sobre o mesmo assunto – ciúmes, insegurança... medo que o passado se torne presente! Que o futuro seja tão penoso quanto foi o passado...
Ainda assim, eu insisto – quero concluir o trabalho que comecei – quero ajudá-la a terminar o seu trabalho, por que isso me dá prazer, por que eu não acho justo “morrer na praia”. Eu quero ver o trabalho pronto. E, finalmente, ele está pronto.
Eu acredito que muito das nossas brigas é causado pelo stress dess trabalho, pela exigência que ele lhe faz de dedicação irrestrita, e eu reclamo a sua atenção, seu carinho...
Vamos dormir separadas... mas, por algum motivo, adormecemos juntinhas. Que gostoso e que penoso!
Eu enxergo o seu empenho, percebo o quanto você se dedica, inclusive a essa relação, o quanto se arrepende (como eu me arrependo) dos erros cometidos...

Bem, hoje é 09 de fevereiro de 2.009. E, o que é o pior, parece que o tesão acabou. Aquele desejo único já não é mais o mesmo... Já não é nada. Sim, pode ser reflexo do stress, do esgotamento, mas também pode ser que o amor acabou... Ou melhor, a paixão acabou, por que só paixão é tão intensa assim. O amor não, amor é sereno, tranquilo, confortavel...

Estamos, em fim, na quarta fase dessa relação, não sei se acabou, e nem o que acabou - se foi a paixão ou se foi o amor... Eu quero acreditar que foi a paixão - já não precisamos mais desse sentimento que nos motiva, que extrai o que de mais intenso e ousado há num ser humano!

Contando desde 11 de abril de 2.007, nossa relação dura 22 meses... 22 meses de paixão!
Haja estrutura, folego e maturidade para conseguir viver e conviver uma paixão por tanto tempo...
Ah, o tempo, esse gigante indomavél!

Quetiono-me se entraremos na fase do amor, na fase da amizade, ou na fase do esquecimento de tudo o que vivemos... Porém, eu jamais a esquecerei, e não permitirei que as tristezas marquem o meu coração. Lembrar-me-ei, para sempre, dos momentos em que flutuamos nessa paixão!

Saiba que eu lhe quero muito bem, e estarei sempre a sua disposição.
te beijo ...

Simples!


Puxa! Que difícil!
De tanto de amar, tanto me hei perdido!
Já tive amores de muitos tipos, já vivi paixões avassaladoras, mas nunca havia vivido ou sonhado com algo assim! Como é difícil! Tudo é difícil!
A cada dia uma novidade, uma nova informação...
É muito bom passear com você, estar com você... Porém, é assustador estar distante. E não por que sinto falta ou saudade, mas por que sinto medo da próxima novidade...
Eu gosto de pessoas livres, autônomas, pessoas que sabem o que querem e fazem o que querem, mas eu amo pessoas que exercitam o respeito, a verdade.
O que eu acho que você não consegue entender é que o que me incomoda e me causa insegurança não é o que você viveu em terras estrangeiras, mas sim se, de repente, não serei surpreendida como algum novidade que você viveu nos últimos meses em terras tupiniquins....

Eu acho isso tão simples, e não sou capaz de entender por que é tão dificil pra você apenas não provocar a minha insegurança...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Domingo de sol - em Suarão




Domingo de sol... Sentar a beira mar, sentir o calor do sol aquecer o corpo e a brisa acariciar a pele.
Observar as pessoas, o movimento das ondas... Ouvir o murmurio único do mar. Uma musica ao longe, gargalhadas e aqueles gritinhos característicos da felicidade da infância!
Pensar na vida, nas decisões tomadas e nas a tomar... Fazer um exercicio tolo de previsão futuristica: o que virá? Não sei, ninguém tem como saber!

Lembrar das conversas, tantas, tantos assuntos, com tantas pessoas...Universos tão diferentes Realidades tão distintas... sentir-se um elo. Pois é assim que somos: elos entre pessoas.
Medito por um instante, olho o mar. Essa noite, depois de assistir a um belíssimo por do sol, precedido de um banho de mar em pleno temporal, vaguei pela praia, absorta, sem destino, sem pressa, sem medo. Fui brindada com um marvilhoso nascer do sol. Enfim, deitei-me para repousar um pouco e acordei no seio da mulher amada... Tudo tão simples, tão gostoso, tão suave.

Ela dorme agora e eu me pergunto – por que, afinal, complicamos tanto a nossa vida? Por que não conseguimos simplesmente viver, com tranquilidade, em harmonia? Por que tem sido tão dificil conseguir isso, que é tão simples? Não sei. E, o pior, já não sei se quero saber. Começo a deixar prá lá... E julgo isso mal sinal... Sinal de que eu já não me importo de fato.

Não sei nem por que já não conversamos mais... Temos um único assunto, raras vezes inerrompido por uma provocação. Eu já não tenho mais animo para discutir: é mais fácil concordar com as questões que ela coloca como verdades e fim, Já não me importa se, de fato, são verdades...

Eu sou capaz de explicar cada briga, cada discussão e, o que é pior, tanto do meu ponto de vista, quanto do dela! E eu fico com a sensação que ambas temos razão e, portanto, se ambas estão certas, significa que ambas estão erradas! O que fazer? Como lidar?

Desista! Recomendam os amigos! Esqueça essa história, a fila anda – sugerem alguns. Mas eu não quero desistir!

Vez por outra, uma gaivota ou um martim voador, ou outra ave qualquer, interrompe meus pensamentos com seu canto! Levanto a cabeça e procuro a ave, mas o que eu encontro é uma jangadda no mar. Lembro da canção – pescador, quando sai é bonito... não sabe se volta ou se fica...

Sinto-me um pouco assim: não sei se vou ou se fico!
Ambas as opções são boas, ambas são ruins!

Cindida! Diria alguém, ela está cindida! Outro alguém diria – Não, ela está mesmo é perdida! E eu, o que eu diria: eu diria que estou apaixonada!
Um misto de sentimentos e emoções, quem sabe vire amor, quem sabe vire saudade!

Não sei, não sabemos e, na minha opinião, só há um jeito de saber: vivendo, esperando... esperando que o tempo faça a sua obra e que os Orixás nos abençoem.

Amém