quinta-feira, 29 de março de 2012

Muda o clima, e as dores se apresentam.
Não há uma só articulação que não doa.

O braço formiga, a mão adormece, os pés não sustentam o corpo.
Parece que eu fiquei muito velha de repente...
A unica vontade é ficar encolhidinha... quietinha, esperando passar o frio.
Embora, de verdade, o corpo doa inteiro no calor também...
A diferença é que o calor é mais alegre,enquanto o frio é mais elegante.


Estamos no outono, minha estação preferida. Tão preferida que, algum tempo atrás, desfrutei o privilégio de dois outonos no mesmo ano!


Falando nisso, lembro de quantos privilégios eu já tive na vida.E não foram poucos.
Pude conhecer pessoas maravilhos, conviver com pessoas ilustres, aprender com pessoas memoraveis.

Pude ter muito medo e descobrir quanta coragem eu possuo.

Pude amar, ser amada. Pude cuidar e ser cuidada.

Pude partir e voltar.
Ah, mesmo com tanta dor, sinto minhas asas crescendo novamente.
Asas que foram cortadas por algum motivo, que hoje não faz mais diferença, mas que foi importante em algum momento.

Tenho vontade de alçar vôo.
Eu sei que eu posso cair, sei que posso me machucar.
E sei também o máximo que pode me acontecer - quebrar alguns pedaços e só doer.
Doer muito, porém, não muito mais do que dói agora.

Então, voarei! Quiçá, num desses vôos eu encontre alguma forma de estancar essa dor.

Oxalá!



Então, já que doerá de qualquer maneira,


escolho doer a minha maneira - tentando!

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