Hoje, completo 45 anos de idade, ou melhor, de vida. Anos bem vividos, com algumas histórias para contar e rir... por que é tudo o que se pode fazer quando se contam histórias de vida. Rimos mesmo das mais tristes, um riso de alivio por que – afinal –as tristezas já estão no passado. E rir é muito gostoso.
Curioso como todos os anos ocorrem diversas oportunidades para um novo começo. Quantas datas simbólicas de “inicio” existem! Primeiro de Ano, Pascoa, Aniversário... Em cada ano existem mais de 50 segundas feiras... aquele dia chatinho que marca o reinicio, e para o qual sempre agendamos uma coisa nova a começar – academia, dieta, economias... Eu fiz isso milhões de vezes, algumas eu apenas prometi, outras eu cumpri.
Mas, agora é diferente. Fazer 45 anos é um marco importante, como foi fazer os 15, os 18, os 25, os 30, os 40! Agora, eu estou na metade da minha vida, considerando que a expectativa é que eu viva 90 anos! E, logo logo, farei 50, meio século! E, depois os 60 – serei idosa (pelo menos do ponto de vista da lei....hehehe). Em seguida, num pulinho, serão 70! E eu serei passivel de interdição, não terei mais a plenitude das decisões... Então, o melhor que eu faço é me preparar bem. De certo modo, restam apenas 15 anos da idade adulta para, então, estar na senescencia.
Creio que eu já adubei bastante a minha existência. Semeei algumas poucas mudas, capinei o que foi possível. Colhi alguns bons frutos.
É tempo de pensar no futuro, e, nesses poucos anos que faltam para a idade idosa, preparar o ranchinho...
Curioso é chegar aqui sem aqueles que sempre me acompanharam: meus pais, minha tia, minha avó. Aquelas pessoas maravilhosas que nunca me abandonaram. E cujo falecimento e saudade fizeram com que eu fosse, aos poucos, esquecendo algumas características deles que me incomodavam. Agora, eles são exemplos, e isso só prova que a memória não é tão fiel a realidade quanto pensamos que ela é! Mas, isso não tem importância – de qualquer forma, elas foram as pessoas que me conduziram no mundo e eu os agradeço por isso. Penso que, talvez, eles ainda estejam me acompanhando só que em outro plano.
De fato, a ausencia fisica deles me dá a certeza que sou adulta!
Também agradeço aos amigos, as minhas irmãs, meus sobrinhos. Tanta gente que eu gosto muito, embora nem sempre eu expresse o meu bem querer. Muitas vezes, sou ausente das minhas relações e não sei se serei capaz de mudar isso. Eu estou sempre por aí, pelo mundo, mas sempre disposta a colaborar com eles – basta me chamar, e eu irei.
Nessa minha nova fase eu prometo continuar no meu modo de vida. Prometo continuar sendo o que sou – quero aprender um pouco mais e, quem sabe, evoluir mais um pouquinho, superar as minhas deficiências e faltas. Seguir a vida.
Sigo a minha caminhada e chegarei aonde meus passos me levem!
Maktub.
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