Trata-se de um bairro surgido para além dos muros da antiga Barcino, aonde se concentravam toda espécie de marginais... Não creio que tenha mudado muita coisa, nesse sentido, nos últimos séculos, mesmo a Universidade e o Governo local se esforçando para tanto...
Por esse bairro caminhei muitas vezes sozinha, mas não me sentia só. Sabia-me diferente, mas sentia-me igual a todos os demais... O comércio coreano, as lojas de toda espécie, os bordéis, as crianças correndo, os moribundos no pátio da igreja, os estudantes se manifestando ao seu modo... O espirito catalão, com todo o seu orgulho e coragem. Tudo isso convive no Raval.
Nao tenho um foto que bem represente esse bairro, mesmo por que eu acredito que algumas lembranças a gente deve guardar na mente, de uma maneira muitoespecial e única, e, eventualmente, comentar, lembrar - rir ou chorar, não importa.
Mas - e sempre tem um mas! - tenho uma toda especial, quando percebi, pela primeira vez, que muito embora você faça questão de passar uma imagem despreendida, isso não é a mais pura expressão da verdade. Por mais que você tenha dito que estava preocupada com a minha segurança, eu senti e sei que não era só isso! E eu agradeço aos céus por percebido isso em você, por ter sentido o seu amor tão forte.
Beijo-a com ternura, como fiz naquele dia, logo após tirar essa fotografia..
Nenhum comentário:
Postar um comentário